Psicóloga Adriana Fernandes » Pais e filhos » Sete maneiras de ajudar a criança a controlar a raiva
Por Adriana Fernandes | Publicado: 14/11/2020 às: 10:31 | Atualizado: 19-11-20 às: 13:01
As crianças costumam expressar sua raiva das mais variadas formas. Algumas ficam contrariadas, teimosas, podendo até mesmo agredir fisicamente ou verbalmente.
Por outro lado, há crianças que reagem um pouco diferente, elas costumam ficar emburradas, mas acabam se fechando, ficando no seu canto, não querendo conversa com ninguém.
Precisamos entender que a raiva é uma emoção natural e geralmente saudável, o problema é quando ela fica excessiva a ponto de tirar o nosso equilíbrio.
Quem convive com crianças certamente já presenciou os pequenos explodirem de raiva por algum motivo, quando menos se espera eles se transformam e é chute para todo lado, gritos e choro.
Como isso acontece? A raiva é um sentimento de protesto, insegurança, timidez ou frustração contra alguém, ou algo.
Por que isso acontece? Acontece justamente porque a criança ainda não dá conta de lidar com esse emaranhado de sentimentos.
A criança quando nasce, ainda não está com o seu cérebro todo desenvolvido, portanto, para aprender a lidar com situações de raiva, frustração, tristeza e tantos outros sentimentos, ela irá precisar de um adulto que a ajude nesse processo.
Geralmente os pais ficam perdidos e sem saber o que fazer diante de um acesso de raiva da criança. Bater? Não bater? Colocar de castigo? Tentar acalmar a criança? Esperar que ela se acalme ?
Para melhor ajudar os pais, listamos sete maneiras de ajudar a criança a lidar com a raiva.
Acolher é uma maneira de dizer que se importa, que se preocupa. É demonstrar empatia. Dizer que compreende aquele sentimento porque você como adulto também já passou e passa pela mesma experiência.
Quando as crianças percebem que seus sentimentos são validados, que os pais se importam, e se sentem amadas e acolhidas, tendem a se acalmar.
O acolhimento é o ninho de proteção que a criança necessita para aprender a equilibrar suas emoções.
Às vezes nossa primeira reação diante de um comportamento explosivo da criança é que ela cesse com esse comportamento imediatamente. Nossa visão muitas vezes dessa raiva que sai da criança das mais diversas formas é um comportamento ruim, e deve ser eliminado.
Quando não abrimos espaço para que a criança expresse seu desconforto, perdemos uma rica oportunidade de ensinar-lhe competências que lhe serão úteis durante todo seu processo de desenvolvimento.
Dar espaço para que a criança expresse sua raiva é um caminho para fazê-la melhor compreender seus sentimentos e expressá-los e maneira equilibrada.
Há várias maneiras que podemos usar para acalmar a criança. Podemos acalmá-la com um abraço, se ela estiver aberta para isso. Pode acontecer da criança não querer o abraço naquele momento, então é melhor se afastar e esperar que ela fique mais calma.
Podemos também dizer palavras de acolhimento: você está chateado, tudo bem se sentir assim, às vezes eu também me sinto assim.
Quando a criança se acalmar peça a ela que lhe conte o que aconteceu,você pode ajudá-la fazendo-lhe perguntas curtas como: O que aconteceu? Percebi que você está com muita raiva.
Por exemplo, ao perguntar a criança sobre o que aconteceu, ela pode responder que está com raiva porque o coleguinha da escola quebrou o brinquedo dela, ou os pais haviam prometido que a levariam na sorveteria no caminho de volta para casa,e não cumpriram com o que havia prometido.
Assim você abre mais uma vez espaço para que ela descreva o ocorrido, e você tenha mais chances de orientá-la.
Sobre a raiva
Podemos ensinar a criança de onde vem o sentimento de raiva, explicando a ela que esse sentimento vem justamente quando não conseguimos fazer o que queríamos, ou quando alguém faz algo que não concordamos ou até mesmo quando nos sentimos desrespeitados, e que isso pode acontecer com qualquer pessoa.
Não é errado expressar nossos sentimentos, assim como não é errado sentir raiva, mas que podemos encontrar outras maneiras de fazer isso.
Após acolhermos a criança e abrirmos espaço para que ela expresse e compreenda seus sentimentos, podemos então deixar que ela mesma construa suas alternativas, e o mais lindo de tudo isso é que elas realmente constroem, e acabam encontrando suas próprias soluções. “Mamãe, será que podemos marcar outro dia para irmos à sorveteria?”, “Papai, você me ajuda a consertar aquele brinquedo que quebrou?”
“Já não estou mais com raiva do meu amiguinho, será que posso convidá-lo para brincar comigo?”
Podemos também ensinar a criança pequenos recursos quando o sentimento de raiva vier, como, por exemplo, respirar fundo, ou contar até dez antes de agir.
Ás vezes a criança pode se sentir triste ou culpada por ter se comportado de uma maneira não muito legal.
Os pais podem aproveitar o momento para explicá-la que às vezes precisamos passar por uma situação para depois aprender.
Podemos dizer a essa criança que ela ainda não tinha recursos para saber como deveria agir, mas agora sabe, e toda vez que isso acontecer, ou seja,quando o desconforto vier, a tristeza, ela pode perceber isso dentro dela e comunicar esse sentimento, além de decidir como deve agir.
Ensinar a criança a lidar com sentimentos de raiva também é uma maneira de dar-lhe recursos para desenvolver sua autonomia emocional, pois a criança aos poucos vai percebendo e tendo uma maior consciência do que se passa no seu interior.
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