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O que é Atenção Plena?

Por Adriana Fernandes   |   Publicado: 17/02/2024 às: 21:12   |   Atualizado: 29-05-24 às: 22:04

Atenção plena

A atenção plena é um conjunto de habilidades que nos permite cultivar uma consciência plena em todas as áreas da nossa vida.; é um convite para nos reconectarmos conosco, fortalecendo nossa autoconfiança e promovendo o autocuidado. Especialmente em um mundo cheio de distrações e demandas incessantes, ela emerge como um farol, guiando-nos de volta ao presente.

Essencialmente, a atenção plena é um estado mental de consciência, abertura e foco. Quando estamos verdadeiramente atentos, podemos nos envolver totalmente na tarefa em mãos, deixando de lado pensamentos desnecessários e agindo com eficácia. Isso ocorre sem sermos dominados por emoções.

Por exemplo, ao praticarmos a atenção plena durante uma conversa, podemos nos concentrar totalmente nas palavras do outro, evitando distrações mentais e respostas automáticas baseadas em emoções passageiras.

Origem e relevância da atenção plena

A atenção plena tem raízes profundas em tradições antigas, atravessando épocas e culturas diversas. Embora esteja fortemente associada ao budismo, também é encontrada em muitas outras tradições religiosas e espirituais, como o cristianismo, islamismo, judaísmo e hinduísmo. No entanto, a atenção plena não é intrinsecamente religiosa; trata-se de um conjunto de habilidades mentais que podem ser cultivadas por qualquer pessoa, independentemente de suas crenças religiosas.

Sua relevância transcende o passado e se estende ao presente, moldando-se às necessidades e desafios da vida moderna. É aqui que a Terapia de Aceitação e Compromisso (ACT) entra em cena, oferecendo uma abordagem contemporânea e altamente eficaz para desenvolver a atenção plena em um curto período de tempo.

Três habilidades fundamentais da atenção plena

Dentro da ACT, são identificadas três habilidades fundamentais de atenção plena: desfusão, expansão e conexão. Cada uma delas desempenha um papel crucial na promoção de um estado mental mais focado e consciente. Ao explorar essas habilidades em profundidade, podemos não apenas melhorar nossa capacidade de concentração, mas também enriquecer nossa experiência de vida, trazendo mais significado e satisfação para cada momento.

Desfusão:

Envolve a capacidade de observar nossos pensamentos e emoções sem nos deixarmos levar por eles. Ao praticar a desfusão, adotamos uma perspectiva mais distante e objetiva em relação aos conteúdos da nossa mente. Em vez de tentar controlar ou eliminar pensamentos, a prática envolve observá-los e aceitá-los como são. Por exemplo, quando nos deparamos com um pensamento autocrítico, podemos observá-lo como se fosse um espectador neutro, reconhecendo que ele é um evento passageiro e não necessariamente um reflexo da realidade.

Expansão:

Envolve abrir espaço para sentimentos e sensações desagradáveis, em vez de tentar afastá-los. A nomenclatura oficial na ACT é a palavra aceitação, porém como ela costuma ser mal interpretada, usamos a palavra expansão. Ao se abrir para esses sentimentos, percebemos que eles incomodam menos e passam mais rapidamente. Por exemplo, ao sentir ansiedade devido a uma situação estressante no trabalho, em vez de tentar ignorar ou reprimir essa ansiedade, praticamos a expansão, permitindo-nos sentir a ansiedade sem lutar contra ela.

Conexão:

Conectar-se plenamente com o momento presente é essencial para uma vida mais consciente e satisfatória. Isso significa direcionar toda a sua atenção e energia para o que está acontecendo aqui e agora, em vez de se perder no passado ou se preocupar com o futuro. Por exemplo, ao caminhar em um parque, concentre-se totalmente na experiência de caminhar, observando a beleza da natureza ao seu redor e sentindo o vento em seu rosto.

Benefícios da consciência plena

Diversos estudos científicos comprovam os benefícios da atenção plena, como a redução do estresse, a melhoria da saúde mental e o aumento da qualidade de vida. A prática regular pode levar a uma maior resiliência emocional, melhor capacidade de lidar com adversidades e uma sensação geral de bem-estar. A atenção plena pode ser aplicada em várias atividades cotidianas, como:

Comer: Saboreando cada mordida, prestando atenção aos sabores e texturas dos alimentos.
Caminhar: Sentindo o movimento do corpo e observando o ambiente ao redor.
Respirar: Focando na respiração, sentindo o ar entrando e saindo dos pulmões.

Como iniciar na prática de atenção plena

Para começar a praticar a atenção plena, siga estas dicas simples:

Dê os primeiros passos:

A prática da atenção plena não precisa começar com grandes compromissos de tempo. Dedique apenas alguns minutos por dia para estar presente no momento, seja durante uma atividade cotidiana, como tomar um café, caminhar ou respirar conscientemente.

Explore diferentes métodos:

Atenção plena não se limita a técnicas formais de meditação. Experimente diferentes abordagens, como a atenção plena nas atividades diárias, para encontrar o que funciona melhor para você. Esteja aberto a integrar a atenção plena em sua vida de maneiras que sejam naturalmente significativas para você.

Envolva-se de maneira consciente:

Ao praticar a atenção plena, procure simplesmente estar presente no momento, observando seus pensamentos e sentimentos sem julgamento. Permita que eles venham e vão, cultivando uma atitude de aceitação e compreensão em relação a si mesmo e ao que está acontecendo ao seu redor.

Seja persistente:

A prática da atenção plena é um processo contínuo. Mesmo que você se sinta desafiado no início, continue praticando regularmente. Com o tempo, você começará a perceber os benefícios dessa prática em sua vida diária.

Dê espaço para suas emoções:

Lembre-se de que a atenção plena não se trata apenas de sentir-se bem. É sobre estar presente e consciente em todos os aspectos da vida, incluindo as emoções desconfortáveis. Esteja aberto para experienciar todas as emoções sem julgamento, permitindo que elas fluam através de você sem se prender a elas.

Uma maior consciência de si  mesma

Em um mundo cheio de distrações e demandas incessantes, a prática da atenção plena emerge como um antídoto poderoso para restaurar nossa conexão com o momento presente. Através de conceitos como desfusão, expansão e conexão, aprendemos a cultivar uma consciência mais profunda de nossos pensamentos, emoções e ações. Ao abraçarmos essas habilidades, somos capazes de desenvolver uma relação mais equilibrada e compassiva com nós mesmos e com o mundo ao nosso redor.

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