» Autoconhecimento » Amor-próprio: Como cultivá-lo?
Por Adriana Fernandes | Publicado: 11/06/2022 às: 9:31 | Atualizado: 04-06-24 às: 8:39
Cultivar o amor-próprio é uma jornada de autocuidado para a vida toda. Além de desenvolver nossa autoestima e autoconfiança, amplia o nosso autoconhecimento.
Entender como cultivar o amor-próprio pode mudar a maneira como você se relaciona consigo mesmo e com as outras pessoas.
Como o próprio nome já nos sugere, O amor-próprio é o amor que oferecemos a nós mesmos.
Não sei se você já parou para perceber, mas esse tema tem sido muito falado ultimamente. Pode até parecer clichê, mas cultivar o amor-próprio é tão importante quanto oferecer amor a outras pessoas.
Falando em oferecer amor, já parou para pensar no quanto temos facilidade em oferecer o nosso cuidado, nossa atenção e compreensão ao outro, porém quando se trata de fazermos o mesmo por nós encontramos dificuldade?
A questão é que nos esquecemos de um importante detalhe. É somente quando aprendemos a cuidar de nós, a respeitar nossos limites, a nos tratarmos com mais carinho e gentileza, é que poderemos oferecer ao outro um amor de qualidade, ou seja, um amor que se respeita e que também leva em consideração os desejos, anseios e necessidades do outro.
Portanto, para construirmos relacionamentos mais saudáveis, por exemplo, precisamos aprender a nos amar primeiro. E não pense você que tal atitude seja uma questão de egoísmo, pelo contrário, se amar é um ato de amor, cuidado, respeito e responsabilidade para com você e para com o outro.
Quando aprendemos a cultivar o amor-próprio, ampliamos o nosso autoconhecimento, ou seja, aprendemos mais sobre nós.
Descobrimos mais sobre nossa maneira de ser e de se relacionar conosco e com outras pessoas, além de fortalecer nossa autoestima, autoconfiança, despertando em nós o autocuidado.
Portanto, desenvolver o amor-próprio não é apenas fazer coisas boas para si, é, antes de tudo, confrontar a si mesmo e reconhecer que muitas vezes as mudanças que queremos ver no outro, talvez precisa primeiramente começar em você.
Essa dificuldade de cultivar o amor em nós pode vir de diversas fontes, entre elas estão:
Ter vivido em um lar onde você não se sentiu amado, valorizado, protegido, ou talvez você seja uma mulher que viveu um relacionamento tóxico por muito tempo e isso deixou feridas profundas.
Há também casos de pessoas que simplesmente foram ensinadas a oferecer amor, carinho e proteção aos outros, mas nunca a si mesmas.
Questões como essa podem sim, interferir na maneira como nos vemos ou nos aceitamos como pessoas, o que pode gerar sentimentos de baixa-autoestima, dificuldade de autoaceitação, insegurança, medo, ansiedade, sentimentos de solidão, entre outros.
É importante saber que mesmo que você tenha vivido em um lar onde não recebeu o carinho, amor, respeito suficiente, você pode aprender a gostar mais de você, priorizar suas necessidades e fazer escolhas com mais segurança.
Refletir sobre em que áreas da nossa vida, precisamos ter uma atenção maior é extremamente importante para que mudanças possam ser feitas.
Quantas vezes reclamamos de uma determinada situação em alguma área da nossa vida, mas não paramos para refletir sobre o assunto?
Por exemplo, talvez você esteja insatisfeita com o seu relacionamento, mas ainda não parou para refletir e tentar entender o que de fato está acontecendo e o que precisa ser mudado.
Conhecer mais sobre nós, nos torna mais consciente dos nossos comportamentos, e quanto mais conscientes nos tornamos, mais facilidades temos em promover mudanças, afinal só temos condições de mudar aquilo que conhecemos.
Há várias coisas que podemos fazer para aprender a nos amar entre elas estão:
Se você deseja realmente aprender a cultivar o amor-próprio, pratique o autoconhecimento, ou seja, conheça mais sobre você.
O autoconhecimento é extremamente importante para o desenvolvimento da autoestima e da autoconfiança, além de desenvolver sua autopercepção.
Quanto mais você se conhece, mais consciente, mais você percebe sua maneira de ser e de relacionar, e então, pode ver em que áreas da sua vida precisam de uma atenção maior, ou que habilidades você precisa desenvolver, por exemplo.
Ser sincera consigo mesma significa não negar sua história de vida, suas lutas. O que você está vivendo no momento. É você ser honesta com os seus processos.
É poder olhar para si mesma e dizer: Essa é minha vida. Minha história. E, a partir daí poder se acolher, se perdoar e ir em busca de mudanças significativas para sua vida. Mudanças que tenham a ver com os seus valores, com o que realmente é importante para você.
Quando não somos sinceras conosco, corremos o risco de entrarmos em uma atitude de negação, tentando muitas vezes “camuflar” ou como um termo comum usado na psicologia, se esquivar da própria vida.
O processo de mudança começa exatamente quando reconhecemos a nossa situação, ou seja, quando nos tornamos consciente dos nossos pensamentos e comportamentos.
O amor-próprio precisa de um ambiente saudável para que possa desenvolver, portanto, tenha ao seu lado pessoas que se importam com você, que está sempre ao seu lado mesmo nos dias mais difíceis e que acreditam no seu potencial.
Algo primordial para o desenvolvimento do amor-próprio é o processo de autoaceitação. Se você não consegue se aceitar, então não pode se amar.
Por trás da dificuldade de autoaceitação geralmente está um comportamento de autocrítica muito forte.
É preciso mudar a maneira como você se vê e se trata. Se você aprendeu a se criticar pode aprender a ser mais gentil com você mesma.
Algo que mina o crescimento do amor-próprio é a dificuldade de se perdoar.
Quando não somos capazes de estender o perdão a nós mesmos, é como se estivéssemos decretando a nossa própria sentença.
Há situações em que somos tão carrascos conosco que esquecemos que somos humanos e sujeitos a falhas. Perdoe-se pelos erros cometidos e decida fazer as coisas de maneira diferente.
Os benefícios em cultivar o amor-próprio são vários, entre eles estão:
-Aprender a priorizar suas necessidades;
-Desenvolver a autoestima;
-Ser mais gentil consigo mesma;
-Aprender a se perdoar;
-Desenvolver autoconfiança;
-Ser mais amorosa e gentil com as pessoas;
-Não se tornar uma pessoa tóxica;
-Construir relacionamentos mais saudáveis;
-Desenvolver o autoconhecimento;
-Aprender a lidar com suas emoções;
-Praticar o autocuidado.
Priorizar o amor-próprio é uma oportunidade de você conhecer mais sobre você, de aprender a cuidar da sua saúde física e emocional.
É uma maneira de compreender melhor seus comportamentos, cuidando mais de você e se protegendo.
Quando priorizamos o amor-próprio, afirmamos o nosso valor e não abrimos mão dele por nada nesse mundo.
Portanto, Comece a partir de hoje a se conhecer melhor. Descubra pequenas coisas que podes fazer por si e que ajude no seu crescimento pessoal.
Se existe algo que você não deve abrir mão é da liberdade de ser quem você é.
Um ser humano com defeitos, mas também com muitas qualidades e que está disposto a evoluir sempre.
Uma boa maneira de você não se perder de si, é cultivando o amor-próprio.
Sou psicóloga clínica, CRP: (04/39812.) Atendo mulheres, ajudando-as a recuperar sua autoconfiança, superar desafios emocionais e construir uma vida mais leve e significativa. Utilizo a Terapia de Aceitação e Compromisso (ACT). Uma abordagem que visa ajudar pessoas a lidar com pensamentos e sentimentos difíceis, esclarecer valores, orientar ações, além de ensinar técnicas práticas para ajudar a lidar com desafios emocionais. Se você busca apoio psicológico ou deseja conhecer melhor meu trabalho, este espaço oferece informações úteis. Caso precise de acompanhamento psicológico, entre em contato. Será um prazer acompanhar você em sua jornada de crescimento e autodescoberta. Obrigada por acompanhar este blog. Vamos juntas, em direção a uma vida mais rica e significativa.
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